sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Não fugi, não me esqueci, sofri um pouco mas o tempo curou...


E aqui está o que ajudou. Espero que gostem. Depois digam... que sim ou que não, mas digam!

«E depois é assim... ou se fica e vamos lá dar mais um pontapé nisto porque em frente é que é caminho ou... se desiste.

Desistir... desejar boa sorte, nem mesmo com a Vanessa da Mata e o Ben Harper a dizer que "é isso aí, acabou... boa sorte"... não soa nada bem e dói na mesma.

Fiquei. Estou aqui, para mim, para ti e para NóS...

Como diz a outra no filme: a ter de aturar os defeitos de alguém, aturo os teus que já os conheço (claro está que o bloco de notas foi novo, mas adiante, paciência...)

Não temo o futuro, ele que me tema. Não temo o teu acordar, ele que aguarde o meu banho quente. Não temo os problemas, tudo tem uma explicação e uma solução.

Sabes o que temo?...

Temo o dia que acordar e não estejas a meu LaDo, que faça café só para um, em vez de DOIS... ou vice-versa.
Temo que não te tenha dito vezes suficientes que és a razão do meu sorrir todos os dias, até às segundas... :)

Mas até aí irei ser forte... agarrar-me-ei às RecorDações, aos toques suaves das tuas mãos no meu Pescoço... ao arrepio que o teu beijo me dá, ao gelado que comíamos a meias... e ao jornal. Irei tornar meus os teus vícios, mas não todos! hum...

Se apenas tememos o que já nos aconteceu, se isto é verdade... já tenho armas de defesa.

Agora sê o meu Fernando Pessoa e:

Vem cá dizer-me que sim.
Ou vem cá dizer-me que não.
Porque sempre vens assim
Pr’a ao pé do meu coração
»

ps: para recordar momentos que mudaram pessoas e construiram caminhos a dois. t'estim

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

SentiMentos vaZios


Como pode um sentimento ser vazio?




Tem de estar cheio de alguma coisa, não é?





Talvez tRisteZa, aleGria, dOr, arrepEndimenTo, mÁgoa...sei lá quantos sentimentos habitam dentro, bem escondidos de outros...nemquero saber.

Não sabes aceitar um não.
É o reverso de saber que dizes sempre sim a tudo, a mim principalmente. Gostava que aprendesses a dizer não, para pelo menos uma vez não me contrariasses.

Este é um sentimento que escondo dentro de outro.
Quero-te mas não tanto como o querer exige de quem ama outra pessoa.

Sinto-te em mim, mas não na minha pele quando me tocas.
desligo, deixo de ser eu, deixo que sejas só tu, como se eu deixasse de ter o meu espaço dentro de mim própria e te pertencesse, como eu não quero pertencer a ninguém.

E então dói, ser de alguém.

Fragiliza-me ser tua.

Exausto só de pensar que um dia, senão já, serei dependente de ti para me sentir eu.
Sei que então o meu não será sempre o teu sim e dentro de mim criarei mais um sentimento escondido.

Estou farta do meu baú de sentimentos escondidos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

a Arte de PerDer





A arte de perder não é difícil de se dominar;
tantas coisas parecem cheias da intenção
de se perderem que a sua perda não é uma calamidade.

Perder qualquer coisa todos os dias. Aceitar a agitação
de chaves perdidas, a hora mal passada.
A arte de perder não é difícil de se dominar.

Então procura perder mais, perder mais depressa:
lugares e nomes e para onde se tencionava
viajar. Nenhuma destas coisas trará uma calamidade.

Perdi o relógio da minha mãe. E olha! a última, ou
a penúltima, de três casas amadas desapareceu.
A arte de perder não é difícil de se dominar.

Perdi duas cidades encantadoras: E, mais vastos ainda,
reinos que possuía, dois rios, um continente.
Sinto a falta deles, mas não foi uma calamidade.

- Mesmo o perder-te (a voz trocista, um gesto
que aMo) não foi diferente disso. É evidente
que a arte de perder não é muito difícil de se dominar
mesmo que nos pareça (toma nota!) uma calamidade.


in Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop, tradução de Maria de Lourdes Guimarães, Campo das Letras , 1999

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Carrego o teu coração comigo...



Carrego o teu coração comigo
(carrego-o em meu coração)

nunca estou sem ele
(onde eu vou tu vais, querido; e o que é feito
só por mim és tu que fazes, meu amor)

eu não TeMo
nenhum destino
(tu és o meu destino, meu doce)
eu não quero outro mundo
(pela tua beleza ser o meu mundo, minha verdade)

e tu és seja o que for que a lua signifique
e o que quer que o sol cante sempre és tu

Aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe
(a raiz da raiz e o botão do botão
e o céu do céu da árvore chamada vida; a qual cresce
mais alto do que a alma pode esperar ou a mente pode esconder)

e este é o milagre que mantém as estrelas separadas

carrego o teu coração (carrego-o em meu coração)

in E.E.Cummings

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Hoje vamos falar de “brabuletas”!


E perguntam vocês: Mas o que são brabuletas?

E eu respondo: brabuletas é um determinado estado de espírito que acontece naquela fase na qual a larva humana perde a noção do real, do SEGURO e se deixa aboar como as borboletas comuns fazem.

Sim aboa, aboa brabuleta mesmo que não haja cliks ou o pezinho não levante quando ele te beije.

Os cliks podem levar anos e anos para aparecerem e serem uma razão para mudar as coisas, para investir em alguém, em alguma coisa… Sim, é bom estar seguro do chão que se pisa, seguro que a almofada que nos espera é só nossa, que não cabelo no chão do banheiro (fica mais bonito do que sanitário).

Mas qual é a segurança que a solidão traz?

E o gostinho de não saber o que vestir quando ele convida para jantar?
O som delicioso que a boca dele faz ao dizer no convite para o jantar nº 2: “Vai ser um enorme prazer reencontrar-te.”

E dizem vocês: E se corre mal? Se dá para o torto?

Ficam as recordações.

Recordações de um dia em que um 'Príncipe Encantado' foi atencioso connosco, no qual se demorou eternidades a ficar-se bela para ele … que nos levou a jantar, escolheu um bom vinho, conversou uma banalidade, sussurrou um Gostei do jantar, mas adorei a companhia …
...e depois partiu no seu cavalo alado e … deu para o torto, chorei baba e ranho, tornei-me a melhor cliente da Renova… mas senti, vibrei, fui bela aos olhos de alguém, fiz um esforço, baixei as defesas e mostrei o melhor de mim…

Agora, posso sofrer, mas um dia senti e nada substitui isso.

Não somos imortais e por isso não há segurança no mundo que nos livre do que é menos bom, ninguém vem dizer que não há bicho-papão debaixo da cama.

Por isso deixem-se sentir, façam um esforço…

Já agora, quanto às brabuletas dediquem-se à criação delas! Depois façam como na marmelada, coloquem-nas em tigelas ou frascos de compota e quando precisarem… tirem a tampa e…. deixem-nas “aboar”…

Ps: ao abrir o frasco a tampa faz clik!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Hold my hAnd...




Não faças barulho ao ajoelhares o teu corpo e tocares o chão.

Senta-te em silêncio e sem que ninguém perceba ou ouça… escuta o bater do meu coração.
Assimila o som, como se o ouvisses pela primeira vez.

Depois, não digas nada.
Aprendi que existem momentos em que as palavras só atrapalham, não querem dizer nada e nada é o mesmo que vazio.

Hoje não quero sentir o vazio.

Vem, não hesites.
Não me digas que não e senta-te aqui, no lugar que te reservei.

Aceita este lugar que é teu no palco que é meu.

Agora podes quebrar o silêncio.
Sorri, respira fundo, fecha os olhos e sente o vento a beijar o teu rosto…

Vou quebrar o silêncio com as batidas do meu coração quando a tua mão agarrar a minha… é como se sussurrasses ao meu ouvido… Amo-te… mas sabe melhor, porque não são precisas palavras…

…só o toque da tua mão na minha e tudo faz sentido. Tudo é perfeito.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Desabafos de ConsCiência...






Uma das coisas de que sempre tive consciência, foi de que, para nós sempre desejei o melhor!!!


Foi tudo o que ElE deixou como resposta.

Não esperou que ElA chegasse a casa, nem teve a dignidade de o deixar escrito num papel decente. Podia ter aberto a gaveta da secretária dElA e escolher uma folha de papel reciclado enfeitada com rosas secas, que ElA tanto adorava.
Não fez nada disso, rasgou um pedaço das folhas de rascunho que ElA utilizava para a lista das compras e escreveu a pior frase que ElA leu em toda a sua vida. Nem o português estava correcto!


Quando chegou a casa, largou o trabalho numa cadeira da cozinha e descalçou os sapatos, dava-lhe PraZer caminhar descalça pelo tapete felpudo do corredor, tinha dias em que tudo o que desejava fazer era deitar-se nua naquele tapete e sentir ser tocada por algo que a não magoasse.

Queria somente ser tocada, ser sentida…

Encostou-se à parede enquanto entrelaçava os dedos do naquele macio que a confortava.
A casa estava silenciosa, demais. Nos filmes nunca é bom e depressa descobriu que na sua vida real também não era.

Encontrou o bilhete que ElE deixou. Leu-o e sentiu-se vazia. Não chorou, não verteu uma lágrima, não pensou nElE.

Uns meses mais taRDe, num sábado à tarde, no fim de um longo banho, enquanto atravessava o corredor em toalha sentiu o convite do tapete e não recusou.

Deixou cair a toalha e viu o seu corpo despido no espelho que a olhava sem pudor.
Deitou-se no conforto daquele ser de fios.

Foi então que sentiu uma láGRima descobrir a sua face e abrigar-se no único ser que lhe dava calor.
Lembrou-se dElE e do seu bilhete. Vezes sem conta a frase que ElE lhe deixara vagueou a mente dela e adormeceu-a.
Quando acordou foi buscar uma folha à sua gaveta, daquelas que tanto gostava e escreveu um desabafo... depois deitou fora o tapete, sentiu saudades do toque humano.


ElE abriu a porta da sua nova casa e uma nova eLa entregou-lhe o correio. Reparou na letra e reconheceu-a, era dElA.

Será que ElA quer falar comigo, que ainda me sente, questionou-se.
Com alguma ansiedade abriu a carta e encontrou a sua resposta…




Consciência é o que nos alerta se podemos ou não continuar a viver, não com as decisões que tomamos, mas sim com o resultado delas; sobrevive com a tua pois eu estou em paz com a minha.


imagem retirada da internet

terça-feira, 15 de abril de 2008

Sweet and NOT Sour!




Nem sempre sentimos aquela vontade de arrumar … CoISas.

Digo CoISas porque é mais vasto para a arrumação de que quero falar.
Mas, independentemente dessas coisas é sempre preciso ter vontade para tal.
É preciso sentir, por vezes, uma necessidade de limpar, emPaCotar, deitar fORa ou simplesmente OrGanizar … CoISas!

Há pessoas que não conseguem deitar nada fora e as suas casas parecem autênticos ferros-velhos de quinquilharias (para alguns) e lembranças (para outros), que armazenaram uma vida toda.

Eu sou uma dessas pessoas.

Lembro-me que a minha mãe, num Natal de há muitos anos atrás, pediu-me para escolher, entre os poucos e já muito brincados brinquedos, alguns para dar a um menino que não tinha – sim, acho que todos nós temos ou conhecemos uma história parecida com esta.

Eu não consegui escolher nenhum.

Juro que tentei, mas todos faziam parte de mim, todos me conheciam e de todos eu ia ter saudades.
Assim, deixei o menino vir brincar com os meus brincados brinquedos quando ele quisesse; não só ganhou brinquedos como uma amiga com quem brincar.


Hoje arrumei CoISas.


Essas CoISas têm nome e actividade.

Periglicofilia – coleccionismo de pacotes de açúcar.

Durante anos coleccionei inúmeros pacotes de açúcar.

Pacotes associados a lugares comuns, a sabor a café ou chá, a conversas boas e menos boas, a desabafos necessários, encontros perfeitos e despedidas imprescindíveis
Muitas pessoas contribuíram para a minha colecção e alguns até a continuaram… acho eu!

Mas, hoje deitei todo o açúcar fora e não fiquei amarga.

Guardei alguns porque são especiais e por isso vou partilhá-los aqui.


Só lamento uma CoISa… quem olha para um pacote de açúcar e não vê mais do que…

…açúcar.

imagem... made by me!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Para ti...




“Quando nos apaixonamos… é como uma insanidade temporária.

Irrompe como um terramoto e depois abranda. E, quando abranda, há que tomar uma decisão. Tens de decidir se as tuas raízes estão entrelaçadas a ponto de ser inconcebível conseguir alguma vez partir.


Porque o amor é isso mesmo.

O amor não é a falta de ar… não é a emoção. Não é o desejo de fazer amor a cada segundo do dia; não é ficar acordado toda a noite a imaginar percorrer o corpo de quem amas. Não… isso é só estar “apaixonado”… o que qualquer um de nós pode convencer-se que está.

O verdadeiro amor é o que resta quando a paixão se esvai.

Não parece muito emocionante, pois não?

Mas é!

In Capitão Corelli

E o que o torna tão emocionante é a possibilidade de o partilhar contigo…

Afinal, o amor pode até nem ser o que faz girar o mundo… mas é o que faz com que a viagem valha a pena!

Feliz Dia de São Valentim… sei que vais gostar deste meu pormenor que afasta más lembranças!


imagem... linda!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ache...




Todos nós sofremos um pouco... along the way.


Uns sofrem em silêncio, talvez com ou por VerGonha.

Uns extravasam o que sentem… porque dói tanto que o coração não aguenta, mesmo quando o corpo tenta ser forte…


Mas há também quem não sofra, quem não sinta, quem tenha desistido… porque algures durante o caminho…

Como diz Pedro Paixão, os corações também se gastam…


imagem retirada da internet

sábado, 19 de janeiro de 2008

Esquecimento...



Quando o gesto de carregar num interruptor era impensável e, sempre que esse mesmo gesto não resolve nada, a VELA era e é a dona da lUz… e da escuridão, quando se apagava.

Será que por trazer alguma luz evita que certas coisas caiam no esquecimento?

Eu gosto de pensar que sim. Por isso, passei por aqui apenas para deixar uma vElA acesa contra o esquecimento.



Não se esqueçam:

… onde deixaram as chaves do carro nem onde o estacionaram;
…de dizer Obrigada, por mais irritante que isso possa parecer para outras pessoas, elas acabam por até achar graça e dizê-lo também… quando se esquecerem;
…de dizer a alguém a(o) quão bonita(o) está hoje;
…de sorrir, de chorar… de SENTIR;

A minha preferida: não se esqueçam de, acima de tudo e sempre, de saber porque fazem algo, para que nunca sejam mal interpretados…


… E continuem a ser vocês próprios, porque quando se esquecerem disso…

… que mais importa?



Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.

Virginia Woolf




PS: Sim, hoje, o prazer é todo meu.


imagem retirada da internet

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Coisas Felizes....



Pediram-me para escrever sobre Coisas Felizes

Então fiquei a pensar sobre o que poderia escrever…

???


Bem, estamos no ínicio de um novo ano e muito provavelmente muitas pessoas já prometeram FaZer, ConCretiZar, DAR, Receber, Ser, não ser, teNtar ser...

...alguma coisa... alguém... de alguém... para alguém...

...até o ano acabar.


Se conseguirem, isso será a vossa Coisa Feliz!

Se não, lembrem-se um dia já é tarde demais...


... imaginem um ano!


Aqui entre nós, a minha Coisa Feliz, és Tu!


imagem retirada da internet