tag:blogger.com,1999:blog-6199345029257715652024-03-13T18:25:59.221+00:00Noites longas e Manhãs ternurentasJá não sei andar só pelos caminhos,/
Porque já não posso andar só.(...)/
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Alberto CaeiroTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-44654566204276508502009-09-14T17:10:00.003+01:002009-09-14T17:14:28.172+01:00Não sei...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7T9M11O7aoSjhy_1FsKmA9vGzJzq9AK4ytDEo4go5HRBK9veKZKEY_ahhBuZXraROGN1v3so3FAa9CFErzjJ1bHbssLnx7HFHCJdlCkO3dRFzN8gij0-dr9HVsESt_3g7OUfIkxEka8jm/s1600-h/DSC04206.JPG"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7T9M11O7aoSjhy_1FsKmA9vGzJzq9AK4ytDEo4go5HRBK9veKZKEY_ahhBuZXraROGN1v3so3FAa9CFErzjJ1bHbssLnx7HFHCJdlCkO3dRFzN8gij0-dr9HVsESt_3g7OUfIkxEka8jm/s320/DSC04206.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381356700318499506" /></a><br />Não sei como dizer-te que a minha voz te procura<br />e a atenção começa a florir, quando sucede a noite<br />esplêndida e casta.<br />Não sei o que quer dizer, quando longamente teus pulsos<br />se enchem de um brilho precioso<br />e estremeces como um pensamento chegado. quando,<br />iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado<br />pelo pressentir de um tempo distante,<br />e na terra crescida os homens entoam a vindima<br />- eu não sei como dizer-te que cem ideias,<br />dentro de mim, <span style="font-weight:bold;">te procuram</span>.<br /><br />Quando as folhas de melancolia arrefecem com astros<br />ao lado do espaço<br />e o coração é uma semente inventada<br />em seu ascético escuro e em turbilhão de um dia,<br /><span style="font-style:italic;">tu arrebatas </span>os caminhos da minha solidão<br />como se toda a minha cara ardesse pousada na noite.<br />- E então não sei o que dizer<br />junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio.<br />Quando as crianças acordam nas luas espantadas<br />que às vezes se despenham no meio do tempo<br />- não sei como dizer-te que a pureza,<br />dentro de mim, te procura.<br /><br />Durante a primavera inteira aprendo<br />os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto<br />correr do espaço<br />e penso que vou dizer algo cheio de razão,<br />mas quando a sombra cai da curva sôfrega<br />dos meus lábios, sinto que me falta<br />um girassol, uma pedra, uma ave qualquer<br />coisa extraordinária.<br /><br />Porque não sei como dizer-te sem milagres<br />que dentro de mim é o sol, o fruto,<br />a criança, a água, o leite, a mãe,<br />o amor,<br /><br />que te <span style="font-weight:bold;">procuram</span>.<br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">(excerto do poema Tríptico, publicado em A Colher na Boca, 1961)<br /><br />Herberto Hélder<br />Poesia Toda<br />Lisboa, Assírio & Alvim, 1990</span>Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-19237572888714762322009-07-27T19:47:00.006+01:002009-07-27T19:58:36.201+01:00breath in breath out<a href="http://www.youtube.com/watch?v=2ErCf_c93BM"></a><br /><br />Um simples gesto, comum a todos os mortais de todas as espécies...<br /><br />Não é tão simples o seu significado...<br /><br /><span style="font-weight:bold;"><span style="font-style:italic;">breath in<span style="font-weight:bold;"></span></span></span>... <br />seguir em frente, dar um passo, enfrentar desafios, subir um escada...inspirar<br /><br /><span style="font-weight:bold;"><span style="font-style:italic;">breath out</span></span>...<br />deixar ir, soltar, viver, largar... expirar...Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-91882188470509835532009-05-10T19:38:00.003+01:002009-05-10T19:50:23.645+01:00Eu procuro um amor...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2s7lV0hIuct-iq1NcfTDtzNhUUmCmpnK48g5j74Fv7_qdLfSx-De4RicUx-18-vIr5jVoROdYhnLBNvDWme3WMfnnWvh81YIXSGkQzh9JZWFLHk23Ad8rxj3bR76ZMC0QEaMEeruAgJu2/s1600-h/frejat_c_ozinho.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 247px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2s7lV0hIuct-iq1NcfTDtzNhUUmCmpnK48g5j74Fv7_qdLfSx-De4RicUx-18-vIr5jVoROdYhnLBNvDWme3WMfnnWvh81YIXSGkQzh9JZWFLHk23Ad8rxj3bR76ZMC0QEaMEeruAgJu2/s320/frejat_c_ozinho.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5334269156520263890" /></a><br /><br />Eu já encontrei o <span style="font-weight:bold;">meu</span>… <br /><br />mas à procura da letra da música encontrei esta versão do <span style="font-style:italic;">Barão Vermelho</span>.<br /> <br />Não dizendo mal dos nossos portugas pois, sejamos sinceros que o dueto entre os <span style="font-style:italic;">EZ Especial e o Paulo Gonzo</span> amolecem qualquer coração de pedra e fazem correr rios e ocenaos de lágrimas…<br /><br />…mas, o videoclip do <span style="font-style:italic;">Barão Vermelho</span> traz aquele estado de <span style="font-weight:bold;">SauDade Feliz</span>.<br /><br /> Sim, ela existe.<br /><br />Sente-se nas memórias de um grande <span style="font-style:italic;">amor</span>… quando ele já não está.<br /><br />Nem que seja em bonecos é espectacular ver o esforço do menino em busca de um amor que seja bom para <span style="font-weight:bold;">ele</span>…<br /><br /><span style="font-style:italic;">Eu procuro um amor, que seja bom para mim…trá-lá-lá…</span> em http://www.youtube.com/watch?v=nAcZ41MCtZU<br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Frejat - Segredos</span><br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">Eu procuro um amor<br />Que ainda não encontrei,<br />Diferente de todos que amei.<br /><br />Nos seus olhos quero descobrir<br />Uma razão para viver,<br />E as feridas dessa vida<br />Eu quero esquecer.<br /><br />Pode ser que eu a encontre<br />Numa fila de cinema,<br />Numa esquina ou numa mesa de bar.<br /><br />Procuro um amor<br />Que seja bom pra mim.<br />Vou procurar, eu vou até o fim.<br /><br />E eu vou tratá-la bem<br />Pra que ela não tenha medo<br />Quando começar a conhecer<br />Os meus segredos.<br /><br />Eu procuro um amor<br />Uma razão para viver.<br />E as feridas dessa vida<br />Eu quero esquecer.<br /><br />Pode ser que eu gagueje<br />Sem saber o q falar.<br />Mas eu disfarço<br />E não saio sem ela de lá.<br /></span>Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-38001018230027797982009-04-12T21:01:00.005+01:002009-04-12T21:34:05.836+01:00Na procura...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgftN26knEsDsBARr_BGE1XLqEzD3tDY73sJDlJE43dXSHI-o0qp4k3CL9j8nwanJ1HnOzeo82QcIsfXsCh2htvosTYFyEIdW8aRnhidjZUvBKS7gto_qQIWVsUUfKV-rhnjojGwldY5SLp/s1600-h/folha%5B1%5D.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 231px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgftN26knEsDsBARr_BGE1XLqEzD3tDY73sJDlJE43dXSHI-o0qp4k3CL9j8nwanJ1HnOzeo82QcIsfXsCh2htvosTYFyEIdW8aRnhidjZUvBKS7gto_qQIWVsUUfKV-rhnjojGwldY5SLp/s320/folha%5B1%5D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323905897345201138" /></a><br /><br /><blockquote></blockquote>Não sei como dizer-<span style="font-weight:bold;">te</span> que a minha voz te procura<br />e a atenção começa a florir, quando sucede a noite<br />esplêndida e casta.<br />Não sei o que quer dizer, quando longamente teus pulsos<br />se enchem de um brilho precioso<br />e <span style="font-style:italic;">estremeces</span> como um pensamento chegado. quando,<br />iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado<br />pelo pressentir de um tempo distante,<br />e na terra crescida os homens entoam a vindima<br />- eu não sei como dizer-te que cem ideias,<br />dentro de mim, <span style="font-style:italic;">te procuram</span>.<br /><br />Quando as folhas de melancolia arrefecem com astros<br />ao lado do espaço<br />e o <span style="font-weight:bold;">coRAção</span> é uma semente inventada<br />em seu ascético escuro e em turbilhão de um dia,<br /><span style="font-style:italic;">tu arrebatas</span> os caminhos da minha sOliDão<br />como se toda a minha cara ardesse pousada na noite.<br />- E então nã<span style="font-weight:bold;">o s</span>ei o que dizer<br />junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio.<br />Quando as crianças acordam nas luas espantadas<br />que às vezes se despenham no meio do tempo<br />- não sei como dizer-te que a pureza,<br />dentro de mim, <span style="font-weight:bold;">te procura</span>.<br /><br />Durante a primavera inteira aprendo<br />os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto<br />correr do espaço<br />e penso que vou dizer algo cheio de <span style="font-weight:bold;">razão</span>,<br />mas quando a sombra cai da curva sôfrega<br />dos meus láBiOs, sinto que me falta<br />um girassol, uma pedra, uma ave qualquer<br />coisa extraordinária.<br />Porque não sei como dizer-<span style="font-weight:bold;">te</span> sem milagres<br />que dentro de mim é o sol, o fruto,<br />a criança, a água, o leite, a mãe,<br />o aMOr,<br /><br />que <span style="font-weight:bold;">te procuram</span>.<blockquote></blockquote><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">in</span> Herberto Hélder, <span style="font-weight:bold;">Poesia Toda</span>; excerto do poema Tríptico, publicado em A Colher na Boca, 1961<br />Lisboa, Assírio & Alvim, 1990Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-74915394805577063032009-02-05T17:22:00.002+00:002009-02-05T17:36:49.762+00:00Em antecipação…<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_HFQ-d7X8Zfn80-_pDIfA7NRP1GAq-ALtIqNcgMbnc_37p7ubnzzlmb7GEgrFIosldb3dY0QSOQTcl7bGtoP1uA9foLWMthgPrsMg2QoBl5cF5IduRZYWx_bydye7t1fIde03J-lYVqZL/s1600-h/corpos+abra%C3%A7ados.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_HFQ-d7X8Zfn80-_pDIfA7NRP1GAq-ALtIqNcgMbnc_37p7ubnzzlmb7GEgrFIosldb3dY0QSOQTcl7bGtoP1uA9foLWMthgPrsMg2QoBl5cF5IduRZYWx_bydye7t1fIde03J-lYVqZL/s320/corpos+abra%C3%A7ados.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5299368338691755442" /></a><br /><br />O estômago encolhe-se e o frio peRcorRe todo o seu <span style="font-style:italic;">CorPo</span>… é um misto de emoção e medo.<br />A respiração <span style="font-weight:bold;">apressa-se</span> e partilha a adrenalina que habita nel<span style="font-weight:bold;">A</span>. <br /><br />O seu <span style="font-style:italic;">olhar</span> cruza-se com o del<span style="font-weight:bold;">E</span> e num segundo, milhões de situações e encontros <span style="font-weight:bold;">hipotéticos</span> tomam forma na sua mente. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Ela</span> nem resiste e deixa-se levar por aquele sabor de amor embriagante que a convida ao <span style="font-style:italic;">sonho</span> que tanto deseja realizar.<br /><br /><span style="font-style:italic;">“Leva-<span style="font-weight:bold;">me</span> contigo… Aceita-<span style="font-weight:bold;">me</span> e dá-<span style="font-weight:bold;">me</span> nome, ar, corpo e força para sentir o que te quero dar”</span>, implora-lhe <span style="font-style:italic;">baixinho</span> enquanto se cruzam.<br /><br />Su<span style="font-weight:bold;">s</span>piro…<br /> <br />Não houve um olá, um sorriso, uma troca de olhares que lhe dissesse que ela foi dele um dia…<br /><br />Su<span style="font-weight:bold;">s</span>piro…<br /><br />O corpo del<span style="font-weight:bold;">E</span> sentiu-a antes mesmo de ela o ter visto. Nada parecia certo naquele dia...<br /> <br />Respirou fundo e <span style="font-weight:bold;">hesitou</span> antes de dar o primeiro passo. Lembrou-se dela, do seu corpo deitado nos lençóis que comprou para aquela noite… da forma como a sua mão encaixava na cintura dela enquanto os seus olhos a tomavam como del<span style="font-weight:bold;">E</span>... <br /><br />“Comprar lençóis… Só eu…”, pensou.<br /><br />Os <span style="font-weight:bold;">corpos </span>cruzaram-se mas sem que o espaço que os separava deixasse de existir… em breves instantes todo aquele <span style="font-style:italic;">parecer</span> de amor deixou aquele lugar e ambos continuaram.<br /><br />“Será que <span style="font-weight:bold;">ela</span> ainda pensa em mim”… divagou <span style="font-weight:bold;">ele</span>….<br />“Todos os <span style="font-style:italic;">dias</span>”, respondeu ela…<br /><br /><br />PS: Em antecipação do famoso dia que conduz tudo e todos a um alvoroço de sentimentos que nem sempre são o <span style="font-weight:bold;">amor…</span> mas estão lá perto!Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-43546995406104934082008-10-10T16:35:00.003+01:002008-10-10T16:46:59.102+01:00Não fugi, não me esqueci, sofri um pouco mas o tempo curou...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_nKMeJ78a2u7w_PGbK3qWDglCluOZYyGOpxgHl9b0pTtWYuk-m9GIgXhb-f0yayGmRCr615BZbwX7abr0CoAHVpjmS5HlHZcEjUzLcksA2kwfjJk8LFOHA1_bJCv8TeT0JE_TTiRnvvhS/s1600-h/DSC02402.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_nKMeJ78a2u7w_PGbK3qWDglCluOZYyGOpxgHl9b0pTtWYuk-m9GIgXhb-f0yayGmRCr615BZbwX7abr0CoAHVpjmS5HlHZcEjUzLcksA2kwfjJk8LFOHA1_bJCv8TeT0JE_TTiRnvvhS/s320/DSC02402.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5255551939898834322" /></a><br />E aqui está o que ajudou. Espero que gostem. Depois digam... que sim ou que não, mas digam!<br /><br />«E depois é assim... ou se fica e <em>vamos lá dar mais um pontapé nisto porque em frente é que é caminho</em> ou... se desiste.<br /><br /><strong>Desistir</strong>... desejar <em>boa sorte</em>, nem mesmo com a Vanessa da Mata e o Ben Harper a dizer que "é isso aí, acabou... boa sorte"... não soa nada bem e dói na mesma.<br /><br /><strong>Fiquei. Estou aqui, para mim, para ti e para NóS...</strong><br /><br />Como diz a outra no filme: <em>a ter de aturar os defeitos de alguém, aturo os teus que já os conheço</em> (claro está que o bloco de notas foi novo, mas adiante, paciência...)<br /><br /><strong>Não temo </strong>o futuro, ele que me tema. <strong>Não temo </strong>o teu acordar, ele que aguarde o meu banho quente. <strong>Não temo </strong>os problemas, tudo tem uma explicação e uma solução.<br /><br /><em>Sabes o que temo?...</em><br /><br />Temo o dia que acordar e não estejas a meu LaDo, que faça café só para um, em vez de DOIS... ou vice-versa.<br />Temo que não <strong>te</strong> tenha dito vezes suficientes que <strong>és a razão do meu sorrir todos os dias</strong>, até às segundas... :)<br /><br />Mas até aí irei ser forte... agarrar-me-ei às <strong>RecorDações</strong>, aos toques suaves das tuas mãos no meu Pescoço... ao <strong>arrepio</strong> que o teu beijo me dá, ao gelado que comíamos a meias... e ao jornal. Irei tornar meus os teus vícios, mas não todos! hum...<br /><br />Se apenas tememos o que já nos aconteceu, se isto é verdade... <strong>já tenho armas de defesa.</strong><br /><br />Agora sê o <strong>meu</strong> Fernando Pessoa e:<br /><br /><em>Vem cá dizer-me que sim.<br />Ou vem cá dizer-me que não.<br />Porque sempre vens assim<br />Pr’a ao pé do meu coração</em>»<br /><br />ps: para recordar momentos que mudaram pessoas e construiram caminhos a dois. t'estimTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-64038915999910051442008-09-18T12:21:00.004+01:002008-09-18T12:33:50.188+01:00SentiMentos vaZios<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQHk0WL51CGbY54V1hl-6SICCWcLAveHGGjtU3plo6rTx3HEjW3s-2SarEy3Ui-j3FtIGASByLFLCaXov00Nel06BLVzqAQWwVfekIg8_4hRyWlafYEJ7a06A11G_cpd3lEFsgyGlHpZgk/s1600-h/vazio1.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQHk0WL51CGbY54V1hl-6SICCWcLAveHGGjtU3plo6rTx3HEjW3s-2SarEy3Ui-j3FtIGASByLFLCaXov00Nel06BLVzqAQWwVfekIg8_4hRyWlafYEJ7a06A11G_cpd3lEFsgyGlHpZgk/s320/vazio1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247322819499073138" /></a><br />Como pode um sentimento ser <strong>vazio</strong>?<br /><br /><br /><br /><br />Tem de estar cheio de alguma coisa, não é<strong>?</strong> <br /><br /><br /><br /><br /><br />Talvez tRisteZa, aleGria, dOr, arrepEndimenTo, mÁgoa...sei lá quantos sentimentos habitam dentro, bem escondidos de outros...nemquero saber.<br /><br />Não sabes aceitar um <strong>não</strong>. <br />É o reverso de saber que dizes sempre sim a tudo, a mim principalmente. Gostava que aprendesses a dizer <strong>não</strong>, para pelo menos uma vez não me contrariasses. <br /><br />Este é um sentimento que escondo dentro de outro. <br />Quero-te mas não tanto como o querer exige de quem ama outra pessoa. <br /><br />Sinto-te em mim, mas não na minha pele quando me <strong>tocas</strong>. <br />Aí <strong><em>desligo</em></strong>, deixo de ser eu, deixo que sejas só tu, como se eu deixasse de ter o meu espaço dentro de mim própria e te pertencesse, como eu não quero pertencer a <strong>ninguém</strong>. <br /><br />E então dói, ser de alguém. <br /><br /><em>Fragiliza-me ser tua.</em><br /><br /> Exausto só de pensar que um dia, senão já, serei dependente de ti para me sentir eu. <br />Sei que então o meu não será sempre o teu sim e dentro de mim criarei mais um sentimento escondido. <br /><br />Estou farta do meu <strong>baú</strong> de <em>sentimentos</em> <strong>escondidos</strong>.Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-53106151071332161392008-09-01T13:40:00.004+01:002008-09-18T12:36:58.271+01:00a Arte de PerDer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitdvEsSj2-bZd_N2l2Q4wmRH1sgXTeFrymHgvoxB9uDgX68_DhS3xbKQeFmv52fyOW1SBvyNkSvFSlr6erndyebfe45mzebj-MBrmhGlOz8pPdAap2tEOW-cHx1XmNTxRCsCJoV3osEFNs/s1600-h/54.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitdvEsSj2-bZd_N2l2Q4wmRH1sgXTeFrymHgvoxB9uDgX68_DhS3xbKQeFmv52fyOW1SBvyNkSvFSlr6erndyebfe45mzebj-MBrmhGlOz8pPdAap2tEOW-cHx1XmNTxRCsCJoV3osEFNs/s320/54.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247323887634408242" /></a><br /><br /><br /><br />A arte de <strong>perder</strong> não é difícil de se dominar; <br />tantas coisas parecem cheias da intenção <br />de se perderem que a sua perda não é uma calamidade. <br /><br />Perder qualquer coisa todos os dias. Aceitar a agitação <br />de chaves perdidas, a hora mal passada. <br /><strong>A arte de perder não é difícil de se dominar.</strong><br /><br />Então procura perder <strong>mais</strong>, perder mais depressa: <br />lugares e nomes e para onde se tencionava <br />viajar. Nenhuma destas coisas trará uma calamidade. <br /><br />Perdi o relógio da minha mãe. E olha! a última, ou <br />a penúltima, de três casas amadas desapareceu. <br /><strong>A arte de perder não é difícil de se dominar. </strong><br /><br />Perdi duas cidades encantadoras: E, mais vastos ainda, <br />reinos que possuía, dois rios, um continente. <br />Sinto a falta deles, mas não foi uma calamidade. <br /><br />- Mesmo o perder-<strong>te</strong> (a voz trocista, um gesto <br />que <strong>aMo</strong>) não foi diferente disso. É evidente <br />que a arte de perder não é muito difícil de se dominar <br />mesmo que nos pareça (toma nota!) <strong>uma calamidade</strong>. <br /><br /><br /><em>in Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop, tradução de Maria de Lourdes Guimarães, Campo das Letras , 1999</em>Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-23946735053437812332008-08-11T12:25:00.004+01:002008-08-11T15:14:54.913+01:00Carrego o teu coração comigo...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrmWjfW_Bm7Ra4BL-Yhpl1F94YevCahheldS2VQ6_Xf5MWmrjjrCXOMdv0jRGidhluDcWIunVlGM9XcYBaeWIU0x6eDu95hOuZR1SH3Ml3uuE8CObWleTAVbJQPFLOJpLubTQGJymbv27-/s1600-h/DSC00621.JPG"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrmWjfW_Bm7Ra4BL-Yhpl1F94YevCahheldS2VQ6_Xf5MWmrjjrCXOMdv0jRGidhluDcWIunVlGM9XcYBaeWIU0x6eDu95hOuZR1SH3Ml3uuE8CObWleTAVbJQPFLOJpLubTQGJymbv27-/s320/DSC00621.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5233220736458655250" /></a><br /><br />Carrego o teu coração comigo <br /> (carrego-o em meu coração) <br /><br />nunca estou sem ele <br />(onde eu vou tu vais, querido; e o que é feito<br />só por mim és tu que fazes, meu amor)<br /><br />eu não <strong>TeMo</strong><br />nenhum destino <br />(tu és o meu destino, meu doce) <br /><strong>eu não quero outro mundo </strong><br />(pela tua beleza ser o meu mundo, minha verdade)<br /><br />e tu és seja o que for que a lua signifique<br />e o que quer que o sol cante sempre és tu<br /><br />Aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe<br />(a raiz da raiz e o botão do botão<br />e o céu do céu da árvore chamada vida; a qual cresce<br />mais alto do que a alma pode esperar ou a mente pode esconder)<br /><br />e este é o milagre que mantém as estrelas separadas<br /><br /><strong>carrego o teu coração </strong>(carrego-o em <strong>meu coração</strong>)<br /><br /><em> in E.E.Cummings</em>Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-40515339905120484852008-07-25T11:20:00.003+01:002008-12-12T08:19:19.624+00:00Hoje vamos falar de “brabuletas”!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeGB3UCH23yPxyxJUeEb9dMjoTmmDVoxwOie2wU1fl5_vyUYP_9Jcn_Zgb-d3uGBXlxWiP5YS5Yfe2xnKVdMRMNMtFnJ_SqeIHyTr02ukEb5T5Nw1-UhHDB19K4mTLE8csmoXNDSnEXNBj/s1600-h/scrapsweb_borboletas-621266.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeGB3UCH23yPxyxJUeEb9dMjoTmmDVoxwOie2wU1fl5_vyUYP_9Jcn_Zgb-d3uGBXlxWiP5YS5Yfe2xnKVdMRMNMtFnJ_SqeIHyTr02ukEb5T5Nw1-UhHDB19K4mTLE8csmoXNDSnEXNBj/s320/scrapsweb_borboletas-621266.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5226897262623590994" /></a><br />E perguntam vocês: Mas o que são <em>brabuletas</em>?<br /><br />E eu respondo: <em>brabuletas</em> é um determinado estado de espírito que acontece naquela fase na qual a <em>larva humana </em>perde a noção do real, do <strong>SEGURO</strong> e se deixa <em>aboar</em> como as borboletas comuns fazem. <br /><br />Sim <em>aboa, aboa brabuleta </em>mesmo que não haja <em>cliks</em> ou o pezinho não levante quando ele te beije. <br /><br />Os <em>cliks</em> podem levar anos e anos para aparecerem e serem uma razão para mudar as coisas, para investir em alguém, em alguma coisa… Sim, é bom estar seguro do chão que se pisa, seguro que a almofada que nos espera é só nossa, que não cabelo no chão do banheiro (fica mais bonito do que sanitário). <br /><br /><strong>Mas qual é a segurança que a solidão traz? </strong><br /><br />E o gostinho de não saber o que vestir quando ele convida para jantar? <br />O som delicioso que a boca dele faz ao dizer no convite para o jantar nº 2: “Vai ser um enorme prazer reencontrar-te.”<br /><br />E dizem vocês: <em>E se corre mal? Se dá para o torto?</em><br /><br /><strong>Ficam as recordações.</strong><br /><br />Recordações de um dia em que um 'Príncipe Encantado' foi atencioso connosco, no qual se demorou eternidades a ficar-se bela para ele … que nos levou a jantar, escolheu um bom vinho, conversou uma banalidade, sussurrou um <em>Gostei do jantar, mas adorei a companhia …</em> <br />...e depois partiu no seu cavalo alado e … deu para o torto, chorei baba e ranho, tornei-me a melhor cliente da Renova… mas senti, vibrei, fui bela aos olhos de alguém, fiz um esforço, baixei as defesas e mostrei o melhor de mim… <br /><br />Agora, posso sofrer, mas um dia senti e nada substitui isso. <br /><br />Não somos imortais e por isso não há segurança no mundo que nos livre do que é menos bom, ninguém vem dizer que não há bicho-papão debaixo da cama. <br /><br />Por isso deixem-se sentir, façam um esforço… <br /><br />Já agora, quanto às <em>brabuletas</em> dediquem-se à criação delas! Depois façam como na marmelada, coloquem-nas em tigelas ou frascos de compota e quando precisarem… tirem a tampa e…. deixem-nas “aboar”…<br /><br />Ps: ao abrir o frasco a tampa faz clik!Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-8071256158675878992008-05-20T00:13:00.005+01:002008-12-12T08:19:19.987+00:00Hold my hAnd...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrAT5Jxm3_8NHIwsszWnzzufrePUGAy8HyOxJ98Duej0Cyq6v-bD2Wvij60PKIOZmRw8BJ_38yNBF2NrvCJ9G3ZsmHQ83ytGIiBY2IHNcQlNDONLy7OxxLZWJZ08p5we4nViy_CIzNNr2/s1600-h/m%C3%A3os+toque.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrAT5Jxm3_8NHIwsszWnzzufrePUGAy8HyOxJ98Duej0Cyq6v-bD2Wvij60PKIOZmRw8BJ_38yNBF2NrvCJ9G3ZsmHQ83ytGIiBY2IHNcQlNDONLy7OxxLZWJZ08p5we4nViy_CIzNNr2/s320/m%C3%A3os+toque.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205003580270625074" /></a><br /><br /><br />Não faças barulho ao ajoelhares o teu corpo e <strong>tocares</strong> o chão.<br /> <br />Senta-te em <em>silêncio</em> e sem que ninguém perceba ou ouça… escuta o bater do meu coração. <br />Assimila o som, como se o ouvisses pela primeira vez. <br /><br />Depois, não digas nada. <br />Aprendi que existem <strong>momentos</strong> em que as palavras só atrapalham, não querem dizer nada e nada é o mesmo que vazio.<br /><br />Hoje não quero sentir o vazio. <br /><br />Vem, não hesites. <br />Não me digas que não e senta-te aqui, no lugar que te reservei. <br /><br />Aceita este lugar que é teu no palco que é meu. <br /><br />Agora podes quebrar o silêncio. <br /> Sorri, respira fundo, fecha os olhos e sente o vento a beijar o teu rosto…<br /><br />Vou quebrar o silêncio com as batidas do meu coração quando a tua mão agarrar a minha… é como se sussurrasses ao meu ouvido… <em>Amo-te…</em> mas sabe melhor, porque não são precisas palavras… <br /><br /><strong>…só o toque da tua mão na minha e tudo faz sentido. Tudo é perfeito.</strong>Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-68920720720929034042008-05-06T11:35:00.006+01:002008-12-12T08:19:20.209+00:00Desabafos de ConsCiência...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFml-unFWZI9sO9q2x6HLuaA8k1St-QG1WbuqkAIq7HF9ruUqMoSBJPYNCLv8XlmkOH-ffXBi6p5ZA10BQ5u5RdHuq99FCHzSPSAvvM8uOANG38xexxDvbNRcJsEDYo6aYexst_LvET60J/s1600-h/vazio.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFml-unFWZI9sO9q2x6HLuaA8k1St-QG1WbuqkAIq7HF9ruUqMoSBJPYNCLv8XlmkOH-ffXBi6p5ZA10BQ5u5RdHuq99FCHzSPSAvvM8uOANG38xexxDvbNRcJsEDYo6aYexst_LvET60J/s320/vazio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197214204745004882" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><em>Uma das coisas de que sempre tive consciência, foi de que, para nós sempre desejei o melhor!!!</em><br /><br /><br />Foi tudo o que <strong>ElE</strong> deixou como resposta. <br /><br />Não esperou que <strong>ElA </strong>chegasse a casa, nem teve a dignidade de o deixar escrito num papel decente. Podia ter aberto a gaveta da secretária d<strong>ElA </strong>e escolher uma folha de papel reciclado enfeitada com rosas secas, que <strong>ElA</strong> tanto adorava. <br />Não fez nada disso, rasgou um pedaço das folhas de rascunho que <strong>ElA</strong> utilizava para a lista das compras e escreveu a pior frase que <strong>ElA</strong> leu em toda a sua vida. Nem o português estava correcto!<br /><br /><br />Quando chegou a casa, largou o <em>trabalho</em> numa cadeira da cozinha e descalçou os sapatos, dava-lhe PraZer caminhar descalça pelo tapete felpudo do corredor, tinha dias em que tudo o que desejava fazer era deitar-se <em>nua</em> naquele tapete e sentir ser <em>tocada</em> por algo que a <strong>não </strong>magoasse. <br /><br />Queria <em>somente</em> ser tocada, ser sentida… <br /><br />Encostou-se à parede enquanto entrelaçava os dedos do <em>pé</em> naquele macio que a confortava. <br />A casa estava silenciosa, demais. Nos filmes nunca é bom e depressa descobriu que na sua vida real também não era.<br /><br />Encontrou o bilhete que <strong>ElE</strong> deixou. Leu-o e sentiu-se vazia. Não chorou, não verteu uma lágrima, não pensou n<strong>ElE</strong>.<br /> <br />Uns meses mais taRDe, num sábado à tarde, no fim de um longo banho, enquanto atravessava o corredor em toalha sentiu o <em>convite</em> do tapete e não recusou.<br /> <br />Deixou cair a toalha e viu o seu <em>corpo despido </em>no espelho que a olhava sem <strong>pudor</strong>. <br />Deitou-se no conforto daquele ser de fios.<br /><br />Foi então que sentiu uma lá<strong>GR</strong>ima descobrir a sua face e abrigar-se no único ser que lhe dava calor. <br />Lembrou-se d<strong>ElE</strong> e do seu bilhete. Vezes sem conta a frase que <strong>ElE</strong> lhe deixara vagueou a mente dela e <em>adormeceu-a</em>. <br />Quando <strong>acordou</strong> foi buscar uma folha à sua gaveta, daquelas que tanto gostava e escreveu um <em>desabafo</em>... depois deitou <strong>fora</strong> o tapete, sentiu saudades do toque humano.<br /><br /><br /><strong>ElE</strong> abriu a porta da sua nova casa e uma nova e<strong>L</strong>a entregou-lhe o correio. Reparou na letra e reconheceu-a, era d<strong>ElA</strong>. <br /><br /><em>Será que <strong>ElA</strong> quer falar comigo, que ainda me sente</em>, questionou-se. <br />Com alguma ansiedade abriu a carta e encontrou a sua resposta…<br /><br />…<br /><br /><br /><em><strong>Consciência</strong> é o que nos alerta se podemos ou <strong>não</strong> continuar a <strong>viver</strong>, não com as decisões que tomamos, mas <strong>sim </strong>com o <strong>resultado</strong> delas; <strong>sobrevive</strong> com a <strong>tua </strong>pois eu estou <strong>em paz </strong>com a <strong>minha</strong>. </em><br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-80558762982270134442008-04-15T22:59:00.006+01:002008-12-12T08:19:20.438+00:00Sweet and NOT Sour!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9fDJXtQvHtwnTxduNfsk7-HyfRCdyR6tc1_GzAhXJ8dKukuTgyveRvIh_4xx7yI5snIJZ7LaSIlR7VDQHlCiERe8quaka7bJLl0mFvvA7oiz5b0fAGhQnqChqiJNIB-7W8-BwlbpUCCxZ/s1600-h/Pacotinhos1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9fDJXtQvHtwnTxduNfsk7-HyfRCdyR6tc1_GzAhXJ8dKukuTgyveRvIh_4xx7yI5snIJZ7LaSIlR7VDQHlCiERe8quaka7bJLl0mFvvA7oiz5b0fAGhQnqChqiJNIB-7W8-BwlbpUCCxZ/s320/Pacotinhos1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5189597683091529890" /></a><br /><br /><br />Nem sempre sentimos aquela vontade de arrumar … <strong>CoISas</strong>.<br /> <br />Digo <strong>CoISas</strong> porque é mais vasto para a arrumação de que quero falar.<br />Mas, independentemente dessas coisas é sempre preciso ter vontade para tal. <br />É preciso sentir, por vezes, uma necessidade de limpar, emPaCotar, deitar fORa ou simplesmente OrGanizar … <strong>CoISas</strong>!<br /><br />Há pessoas que não conseguem deitar nada fora e as suas casas parecem autênticos ferros-velhos de <strong>quinquilharias</strong> (para alguns) e <strong>lembranças</strong> (para outros), que armazenaram uma vida toda.<br /><br /><strong>Eu</strong> sou uma <em>dessas </em>pessoas. <br /><br />Lembro-me que a minha mãe, num Natal de há muitos anos atrás, pediu-me para escolher, entre os poucos e já muito <em>brincados</em> brinquedos, alguns para dar a um menino que não tinha – sim, acho que todos nós temos ou conhecemos uma história parecida com esta.<br /><br />Eu não consegui escolher nenhum. <br /><br />Juro que tentei, mas todos faziam parte de <strong>mim</strong>, todos me conheciam e de todos eu ia ter saudades. <br />Assim, deixei o menino vir brincar com os meus <em>brincados</em> brinquedos quando ele quisesse; não só ganhou brinquedos como uma amiga com quem brincar. <br /><br /><br />Hoje arrumei <strong>CoISas</strong>.<br /><br /><br />Essas <strong>CoISas</strong> têm nome e actividade. <br /><br /><strong>Periglicofilia</strong> – coleccionismo de pacotes de açúcar.<br /><br />Durante anos coleccionei inúmeros pacotes de açúcar. <br /><br />Pacotes associados a <strong>lugares</strong> comuns, a <em>sabor</em> a café ou chá, a conversas boas e menos boas, a desabafos necessários, <strong>encontros</strong> <em>perfeitos</em> e <strong>despedidas </strong><em>imprescindíveis</em>… <br />Muitas pessoas contribuíram para a minha <strong>colecção</strong> e <em>alguns</em> até a continuaram… acho eu!<br /><br /><strong>Mas</strong>, hoje deitei todo o <em>açúcar</em> fora e <strong>não </strong>fiquei <em>amarga</em>. <br /><br />Guardei alguns porque são especiais e por isso vou partilhá-los aqui. <br /><br /><br />Só lamento uma <strong>CoISa</strong>… quem olha para um pacote de açúcar e não vê mais do que…<br /><br /><strong>…açúcar</strong>.<br /><br />imagem... made by me!Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-67850237992473988492008-02-13T23:38:00.004+00:002008-12-12T08:19:20.656+00:00Para ti...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZyTtsn-SSaHPV7W16MfC5HEuc0cyLmFwLBClT3JpYcCkLpeG6Kw2b4t2MRBajZ2guQgYZqOVAH13NWRFFWgUaaYk53nW9XX5YMcQmAq2cqbKsST2z7CIKoAm8c9O8lTkz1LPF960ZbzvY/s1600-h/15022008(001).jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZyTtsn-SSaHPV7W16MfC5HEuc0cyLmFwLBClT3JpYcCkLpeG6Kw2b4t2MRBajZ2guQgYZqOVAH13NWRFFWgUaaYk53nW9XX5YMcQmAq2cqbKsST2z7CIKoAm8c9O8lTkz1LPF960ZbzvY/s320/15022008(001).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5205000633923060002" /></a><br /><br /><br />“Quando nos apaixonamos… é como uma insanidade temporária. <br /><br />Irrompe como um terramoto e depois abranda. E, quando abranda, há que tomar uma decisão. Tens de decidir se as tuas raízes estão entrelaçadas a ponto de ser inconcebível conseguir alguma vez partir. <br /><br /><br /><STRONG>Porque o amor é isso mesmo.</STRONG> <br /><br />O amor não é a falta de ar… não é a emoção. Não é o desejo de fazer amor a cada segundo do dia; não é ficar acordado toda a noite a imaginar percorrer o corpo de quem amas. Não… isso é só estar “apaixonado”… o que qualquer um de nós pode convencer-se que <strong>está</strong>. <br /><br />O <STRONG>verdadeiro amor </STRONG>é o que resta quando a paixão se esvai. <br /><br />Não parece muito emocionante, <STRONG>pois não?</STRONG><br /><br /> <STRONG>Mas é!</STRONG>” <br /><br /> <EM>In Capitão Corelli</EM> <br /><br />E o que o torna tão emocionante é a possibilidade de o partilhar contigo… <br /><br />Afinal, o amor pode até nem ser o que faz girar o mundo… mas <strong>é </strong>o que faz com que a viagem <strong>valha a pena</strong>!<br /><br /> Feliz Dia de São Valentim… sei que vais gostar deste meu pormenor que afasta más lembranças!<br /><br /><br />imagem... linda!Ticha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-53518012254396853872008-01-29T22:24:00.002+00:002008-12-12T08:19:20.812+00:00Ache...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsvyTV1AozQ8TyXz9lNR0ngxzAoq05depaITT1Z9DvGBWOk9FMuYtys49tYCtZNXfXK55tB55UicGvZoYuCTK4p7TADqHOu8xsxarWne9chGy1gWJ8eBVSyiDzNC2Cny7k2OFVmxkblyEA/s1600-h/2012157-md.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsvyTV1AozQ8TyXz9lNR0ngxzAoq05depaITT1Z9DvGBWOk9FMuYtys49tYCtZNXfXK55tB55UicGvZoYuCTK4p7TADqHOu8xsxarWne9chGy1gWJ8eBVSyiDzNC2Cny7k2OFVmxkblyEA/s320/2012157-md.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5161232096212983730" /></a><br /><br /><br />Todos nós sofremos um pouco... <em>along the way</em>.<br /><br /><br />Uns sofrem em silêncio, talvez <em>com</em> ou <em>por</em> <strong>VerGonha</strong>.<br /><br />Uns extravasam o que sentem… porque dói tanto que o coração não aguenta, mesmo quando o corpo tenta ser forte… <br /><br /><br />Mas há também quem <strong>não</strong> sofra, quem <strong>não</strong> sinta, quem tenha desistido… porque algures durante o caminho…<br /><br />Como diz <em>Pedro Paixão</em>, <strong><em>os corações também se gastam…</em></strong><br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-16983671220002823692008-01-19T11:43:00.001+00:002008-12-12T08:19:20.982+00:00Esquecimento...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijhXFFjT7BjB9qNoFSsn7_bMIg7MVZHJ9rfJ06BzYxDDQElERKdjkJ77SM2FxERlVHjVdweqmbqPyhjXZ6nz7GAF1DLNNOPRMBxw37entxZP8qEylmgjo5PcdNKZJjKiIvsoR7vZv8H4jn/s1600-h/vela1.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijhXFFjT7BjB9qNoFSsn7_bMIg7MVZHJ9rfJ06BzYxDDQElERKdjkJ77SM2FxERlVHjVdweqmbqPyhjXZ6nz7GAF1DLNNOPRMBxw37entxZP8qEylmgjo5PcdNKZJjKiIvsoR7vZv8H4jn/s320/vela1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5157154206077104018" /></a><br /><br />Quando o gesto de carregar num interruptor era impensável e, sempre que esse mesmo gesto não resolve nada, a <strong>VELA</strong> era e é a dona da lUz… e da escuridão, quando se apagava.<br /><br />Será que por trazer alguma <strong>luz</strong> evita que certas coisas caiam no <strong>esquecimento?</strong><br /><br />Eu gosto de pensar que sim. Por isso, passei por aqui apenas para deixar uma <strong>vElA</strong> acesa <strong>contra</strong> o esquecimento. <br /><br /><br /><br /> <strong>Não se esqueçam:</strong><br /><br />… onde deixaram as chaves do carro nem onde o estacionaram;<br />…de dizer <em>Obrigada</em>, por mais irritante que isso possa parecer para outras pessoas, elas acabam por até achar graça e dizê-lo também… quando se esquecerem;<br />…de dizer a alguém a(o) quão bonita(o) está hoje;<br />…de sorrir, de chorar… de <strong>SENTIR</strong>;<br /><br />A minha preferida: não se esqueçam de, <strong>acima de tudo e sempre</strong>, de saber porque fazem algo, para que <strong>nunca</strong> sejam mal interpretados…<br /><br /><br />… E continuem a ser vocês próprios, porque quando se esquecerem disso…<br /><br /><strong>… que mais importa? </strong><br /><br /><br /><br /><em><strong>Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.</strong></em><br /><br /><em>Virginia Woolf</em><br /><br /><br /><br /><br />PS: Sim, hoje, o prazer é todo meu.<br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-56125919168749592152008-01-03T22:57:00.001+00:002008-12-12T08:19:21.222+00:00Coisas Felizes....<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp0-FQ888OnSC0EQOc28czTDhaFSCvYWGrS05OuNolw-A906AeKATR8muJ76d15YNInW7P_7CBbJvLaqtDB2Tt8moE94fmOS_D-tq7AYnMM_4geL7fiPC_YG-Gz-2U4ZgSHRzSURir95GT/s1600-h/dar_amor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp0-FQ888OnSC0EQOc28czTDhaFSCvYWGrS05OuNolw-A906AeKATR8muJ76d15YNInW7P_7CBbJvLaqtDB2Tt8moE94fmOS_D-tq7AYnMM_4geL7fiPC_YG-Gz-2U4ZgSHRzSURir95GT/s320/dar_amor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5151389041410912130" /></a><br /><br />Pediram-me para escrever sobre <strong>Coisas Felizes</strong>… <br /><br />Então fiquei a pensar sobre o que poderia escrever… <br /><br /> <strong>???</strong><br /><br /><br />Bem, estamos no ínicio de um novo ano e muito provavelmente muitas pessoas já <em>prometeram</em> <strong>F</strong>a<strong>Z</strong>er, <strong>C</strong>on<strong>C</strong>reti<strong>Z</strong>ar, <strong>DAR</strong>, <strong>R</strong>eceber, <strong>S</strong>er, <strong>não</strong> ser, te<strong>N</strong>tar ser... <br /><br />...<em>alguma</em> coisa... <em>alguém</em>... <em>de </em>alguém... <em>para</em> alguém... <br /><br />...até o ano <strong>acabar</strong>.<br /><br /><br />Se conseguirem, isso será a vossa <strong>Coisa Feliz</strong>!<br /><br />Se não, lembrem-se um dia já é tarde demais...<br /><br /><br /><strong>... imaginem um ano!</strong><br /><br /><br />Aqui entre nós, a minha <strong>Coisa Feliz</strong>, és <strong>Tu</strong>!<br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-61992200148045029212007-12-26T17:36:00.002+00:002008-12-12T08:19:21.350+00:00Goodbye my almost lover...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvCJHHvxmjJVN6QP5Ahm54lWvgsvmaOzAYBH6gzcY0qT6oWaPBIPCfRPuzxQAhPLX2aJUFfbBuDex9fQobHEtI6WKD7ZnCDz8akFo9kWP4ZFTMQvtuLZ3PoH3yYzCnUrqKad0ZA13ZBSny/s1600-h/caminhar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvCJHHvxmjJVN6QP5Ahm54lWvgsvmaOzAYBH6gzcY0qT6oWaPBIPCfRPuzxQAhPLX2aJUFfbBuDex9fQobHEtI6WKD7ZnCDz8akFo9kWP4ZFTMQvtuLZ3PoH3yYzCnUrqKad0ZA13ZBSny/s320/caminhar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148337596677251890" /></a><br /><br />Será que sempre é verdade o que dizem? Que ninguém escreve sobre aquilo que não conhece…? <br /><br />Eu <strong>conheço</strong> o que escrevo. <br /><br />A verdade é que ainda existem dias em que penso em ti. Revivo no meu pensamento todos os segundos, todos os momentos, todos os beijos, todas as carícias, todas as lágrimas, todas as mentiras, toda a dor, toda a alegria… Revivo o nosso mundo… Se é em busca de uma resposta, não sei. <br /><br />Quando acabou mentalizei-me que nada mais é preciso saber após ficarmos sós, porque dói menos ser-se racional do que sentimental. Segui a minha vida, peguei no que dela te sobreviveu e segui em frente, as feridas, essas foram-se curando… Só que me esqueci que uma ferida que não cicatriza é sempre uma ferida que dói. <br />Ninguém deve querer prolongar essa dor… as feridas devem ser sempre fechadas.<br /><br />Por isso, não só sei do que escrevo como sei porque te escrevo… <br /><br />Escrevo-te porque a mágoa ainda habita em mim, o amor não, esse morreu em cada noite que chorei para me adormecer e foram tantas, tantas… <br /><br /><strong>O amor morreu contigo.</strong><br /><br /> A <strong>MáGoa</strong> é o que mais custa a sarar. <br />Tu magoaste-me muito e mesmo assim perdoei-te, talvez na esperança que um dia realmente quisesses que eu te perdoasse e não assim.<br /><br />Escrevo-te porque o tinha de fazer, para finalmente te entregar ao passado.<br />Escrevo porque aqui, neste pedaço de papel digo-te tudo aquilo que ficou por dizer…<br />Não escrevo porque ainda te amo, não. Escrevo para que quando leres estas palavras, que são muito mais que meras letras agregadas – são sentimentos, são os meus sentimentos – olhes bem para dentro de ti, para as tuas memórias e te recordes de nós, de mim. Quero que reflictas sobre tudo o que vivemos, sobre todos os sacrifícios que eu fiz por nós, por ti; todo o amor que te dei… e toda a dor que me foi dada, para que um dia, quando te cruzares comigo numa rua qualquer, num dia qualquer olhes bem para a mulher que eu sou.<br /><br />Nesse dia olha bem para dentro dos meus olhos que tanta vez te retribuíram a calma que precisavas… e nesse momento eu tenho o pedido de perdão que não só eu mereço como o que é devido. Eu sei que quando esse dia chegar e esse olhar acontecer, irás arrepender-te de não teres lutado por nós, de não teres acreditado em mim, no que nos unia e teres-te entregue ao comodismo das decisões fáceis, de caminhos impostos por outros. A felicidade depende de nós, é decidida por nós e mais ninguém.<br /><br /><strong>Olha bem para mim e vê o que perdeste. </strong><br /><br />Olha bem para mim e lembra-te que eu sobrevivi sem ti e a ti, porque o que não nos mata, fortalece-nos. <br />Olha bem para mim e vê que sou feliz porque hoje as minhas <strong>Noites são Longas e as minhas Manhãs Ternurentas… </strong>porque conheço o amor e a ele me entrego sem medo… e depois, depois continua a caminhar, não olhes mais para trás porque eu já não estou lá…<br /><br /><br /><strong>… Adeus.</strong><br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-3655716446104834432007-12-11T15:11:00.001+00:002008-12-12T08:19:21.475+00:00Fui capaz…<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihvzUFNYTieEtjrmWAxcO5nUOYd81WL6NMWOx_E9tDAFx47kcCOkitypbAv0P5sIeechwbrbxL4-Sg6sB1vPlETqovCtWdsUL5WhZDqo84xeD8DZZ_aknHG5UYcwdY5V5jBOcFNJZfgwJZ/s1600-h/m%C3%A3os.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihvzUFNYTieEtjrmWAxcO5nUOYd81WL6NMWOx_E9tDAFx47kcCOkitypbAv0P5sIeechwbrbxL4-Sg6sB1vPlETqovCtWdsUL5WhZDqo84xeD8DZZ_aknHG5UYcwdY5V5jBOcFNJZfgwJZ/s320/m%C3%A3os.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5142737099452964690" /></a><br /><br /><br /><strong>Paulo Coelho</strong>, um grande escritor, afirma, em <em>Zahir</em> que…<br /><br /> <br /><br /><br /><br /><br /><em>…É sempre preciso saber quando uma etapa chega ao fim. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa que nome lhe damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. </em><br /><br />É preciso saber dizer <strong>adeus</strong>. <br /><br />Respirar fundo, ter a certeza do que deve ser guardado e o que deve ser colocado de parte – talvez num <strong>Lugar Secreto</strong>. <br /><br />Mas não é preciso esquecer. O esquecimento é um dos piores inimigos. <br /><br />Em pequena costumava dizer, quando algo de mau acontecia, que <em>Preferia esquecer, apagar isto da memória…</em><br /><br />Porquê? Fácil! Porque tivera sido mau. <br />Acontecera um momento mau com o qual eu não soubera lidar. <br />Acontecera e não tinha explicação. Por isso é que queria esquecê-lo.<br /><br />Agora que cresci, um pouco, continuo a ter alturas em que digo isto mas com um sorriso meio contrariado.<br /><br />Aprendi a não esquecer, apenas a guardar o que de bom se retira dos momentos menos bons. <br />Aprendi a <strong>encerrar capítulos</strong>, a fechar portas e a deitar a chave fora.<br />Aprendi que depois de algum tempo há <strong>momentos menos bons </strong>que se transformam em agradáveis recordações, mas <strong>o mais importante </strong>é que aprendi… a <strong>PerDoar</strong>, a mim quando erro e…<br /><br /><strong>… aos que me causam momentos maus.</strong> <br /><blockquote></blockquote><br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-82235424381663463952007-12-06T00:30:00.001+00:002008-12-12T08:19:21.611+00:00O FinGir...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ9QyF9P-cT-LdIYQ-7j1f1JDVPn2LSPCaXDKKABmfFrqESObvNhsC4FmSnCyOMOKWnAfP_ACKOJ6a30tHmV4z53m2mV-bs7URmSRWu1FGgbNES3aLobKxUY-8OYOfu6fDrr08_NVlLcjE/s1600-h/Beijo+net+2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ9QyF9P-cT-LdIYQ-7j1f1JDVPn2LSPCaXDKKABmfFrqESObvNhsC4FmSnCyOMOKWnAfP_ACKOJ6a30tHmV4z53m2mV-bs7URmSRWu1FGgbNES3aLobKxUY-8OYOfu6fDrr08_NVlLcjE/s320/Beijo+net+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5140652698347452770" /></a><br /><br /><br /><br /><br />O <strong>FinGir</strong> faz parte do ser humano. <br /><br /><br /><br /><br /><br />Para alguns é tão <strong>inato</strong> como os dentes, o cabelo, as unhas ou até algum órgão vital…<br />Para fingir é preciso algum talento, algum só. Dizer que aquela peça de vestuário assenta lindamente numa amiga ou que o comer estava delicioso é, por vezes, fácil e nem sempre deve ser condenável. <br /><br />Mas há coisas que são difíceis e quase impossíveis de fingir. <br />Como diz a Sharon Stone: <em>“Há mulheres capazes de fingir um orgasmo, mas os homens conseguem fingir uma relação inteira”. </em>Isto é ser feminista a mais, a meu ver.<br /><br /><br />Mas eu estou a falar do <strong>BeiJo</strong>.<br /><br />É impossível fingir <strong>o beijo</strong>.<br /><br />Não um beijo, mas <strong>O BeiJo</strong>. <br /><br />Aquele que é dado como se a vontade de ser de alguém é mais forte que a gravidade e flutuamos num espaço não muito diferente deste, mas sem a cor cinzenta do dia-a-dia monótono, sem o barulho das pessoas más e a indelicadeza da solidão que se instala em nós, sem ser convidada. <br /><br />Se não for sentido, se não for desejado, é <strong>FINGIDO</strong>. No entanto, não passa despercebido a quem o dá. <br />Foi um beijo perdido, um beijo deitado ao vento como as promessas que fazemos quando estamos apaixonados…<br /><br />Quanto às relações, bem… podemos fingir uma relação a vida inteira, mas aí estamos a fingir duas vidas, a nossa e a de um(a) inocente. Não estamos apenas a fingir os beijos que damos a alguém, é mais grave e condenável.<br /> <br />Estamos a fingir um sentimento, a viver uma mentira, a enganar… <br /><br /> <strong>...e não há beijo que tenha pior sabor que esse.</strong><br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-619934502925771565.post-41131397239557419962007-12-03T12:26:00.001+00:002008-12-12T08:19:21.789+00:00Lugares Secretos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyvOeW_FLPMeTFG0f-wnAilA_5Z93RFJ_g6odKF-ZIJQdALfQ-nhU61IvNIKOrymqehPFps7Ou-DpkbTCCxn2bGWYKdMDOCjTYhyphenhyphen0sC6xYwc_7nxYP_N-afo_QT9XeeYJoJk-yzpi13fDN/s1600-r/solidao.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4vvj37FeQarFNTSVduY-BzdBmTwJi8-RbKD5P6LnJf__wQ0vT3zvNqAIn-uHz7IoWXp4oi9VP9r3XK70ybxUAxbOo95TFx0QTzsgHHdPh2ndxReXCcT_Xa5RjdTWoqjJTiSSmnyka0QJx/s320/solidao.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5139875790303213874" /></a> <br /><br /><br />Existe um lugar em nós, <strong>secreto</strong>.<br /><br /><br />Tão secreto que não guardamos nele os segredos banais, mas sim aqueles que só lembramos ao coração num momento muito nosso, quando fechamos os olhos e ninguém está por perto, quando a saudade desse lugar vem e faz-nos visitá-lo. Baixamos as defesas e num suspiro estamos lá…<br />Aquele que um dia partilhou o nosso coração e juramos que já não conhece a sua morada, saúda-nos. <br /><br /><br /><strong>Começa sempre assim.</strong> <br /><br />Começa sempre por um momento antigo que não teve o seu <em>closer</em> . Um amor passado que não acabou como devia… ou por uma lapso de princípios, de carácter que nos fez mentir e enganar quem mais amávamos. <br />Um beijo que demos quando os nossos lábios já eram de alguém ou, a minha preferida, a paixão secreta que guardamos por alguém que está tão perto de nós que apetece dizer-lhe baixinho: <br /><br /><em>“Queria ser tua, nem que fosse por um segundo de tempo. Saber se és igual ao meu sonho.” </em><br /><br /><strong>Começa sempre por algo que não soubemos superar.</strong><br /><br />Não dói visitar esse lugar, embora, por vezes, nos faça chorar. <br />Esse lugar é necessário em nós, se não existisse nunca saberíamos até onde vai o limite do nosso corpo, do nosso ser. <br /><br /><br />Isto <strong>não será um convite ao meu lugar secreto</strong>, mas sim, uma porta aberta de muitos lugares secretos; de palavras não ditas, de desejos escondidos, de sentimentos repelidos do consciente. <br /><br />Tudo se guarda, no entanto e, mais tarde ou mais cedo, mas sempre quando menos esperamos...<br /><br /><strong>...tudo se revela.</strong><br /><br /><br /><br />imagem retirada da internetTicha Azevedohttp://www.blogger.com/profile/13428634052280003646noreply@blogger.com4