Uma das coisas de que sempre tive consciência, foi de que, para nós sempre desejei o melhor!!!Foi tudo o que
ElE deixou como resposta.
Não esperou que
ElA chegasse a casa, nem teve a dignidade de o deixar escrito num papel decente. Podia ter aberto a gaveta da secretária d
ElA e escolher uma folha de papel reciclado enfeitada com rosas secas, que
ElA tanto adorava.
Não fez nada disso, rasgou um pedaço das folhas de rascunho que
ElA utilizava para a lista das compras e escreveu a pior frase que
ElA leu em toda a sua vida. Nem o português estava correcto!
Quando chegou a casa, largou o
trabalho numa cadeira da cozinha e descalçou os sapatos, dava-lhe PraZer caminhar descalça pelo tapete felpudo do corredor, tinha dias em que tudo o que desejava fazer era deitar-se
nua naquele tapete e sentir ser
tocada por algo que a
não magoasse.
Queria
somente ser tocada, ser sentida…
Encostou-se à parede enquanto entrelaçava os dedos do
pé naquele macio que a confortava.
A casa estava silenciosa, demais. Nos filmes nunca é bom e depressa descobriu que na sua vida real também não era.
Encontrou o bilhete que
ElE deixou. Leu-o e sentiu-se vazia. Não chorou, não verteu uma lágrima, não pensou n
ElE.
Uns meses mais taRDe, num sábado à tarde, no fim de um longo banho, enquanto atravessava o corredor em toalha sentiu o
convite do tapete e não recusou.
Deixou cair a toalha e viu o seu
corpo despido no espelho que a olhava sem
pudor.
Deitou-se no conforto daquele ser de fios.
Foi então que sentiu uma lá
GRima descobrir a sua face e abrigar-se no único ser que lhe dava calor.
Lembrou-se d
ElE e do seu bilhete. Vezes sem conta a frase que
ElE lhe deixara vagueou a mente dela e
adormeceu-a.
Quando
acordou foi buscar uma folha à sua gaveta, daquelas que tanto gostava e escreveu um
desabafo... depois deitou
fora o tapete, sentiu saudades do toque humano.
ElE abriu a porta da sua nova casa e uma nova e
La entregou-lhe o correio. Reparou na letra e reconheceu-a, era d
ElA.
Será que ElA quer falar comigo, que ainda me sente, questionou-se.
Com alguma ansiedade abriu a carta e encontrou a sua resposta…
…
Consciência é o que nos alerta se podemos ou não continuar a viver, não com as decisões que tomamos, mas sim com o resultado delas; sobrevive com a tua pois eu estou em paz com a minha. imagem retirada da internet