terça-feira, 20 de maio de 2008
Hold my hAnd...
Não faças barulho ao ajoelhares o teu corpo e tocares o chão.
Senta-te em silêncio e sem que ninguém perceba ou ouça… escuta o bater do meu coração.
Assimila o som, como se o ouvisses pela primeira vez.
Depois, não digas nada.
Aprendi que existem momentos em que as palavras só atrapalham, não querem dizer nada e nada é o mesmo que vazio.
Hoje não quero sentir o vazio.
Vem, não hesites.
Não me digas que não e senta-te aqui, no lugar que te reservei.
Aceita este lugar que é teu no palco que é meu.
Agora podes quebrar o silêncio.
Sorri, respira fundo, fecha os olhos e sente o vento a beijar o teu rosto…
Vou quebrar o silêncio com as batidas do meu coração quando a tua mão agarrar a minha… é como se sussurrasses ao meu ouvido… Amo-te… mas sabe melhor, porque não são precisas palavras…
…só o toque da tua mão na minha e tudo faz sentido. Tudo é perfeito.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Desabafos de ConsCiência...
Uma das coisas de que sempre tive consciência, foi de que, para nós sempre desejei o melhor!!!
Foi tudo o que ElE deixou como resposta.
Não esperou que ElA chegasse a casa, nem teve a dignidade de o deixar escrito num papel decente. Podia ter aberto a gaveta da secretária dElA e escolher uma folha de papel reciclado enfeitada com rosas secas, que ElA tanto adorava.
Não fez nada disso, rasgou um pedaço das folhas de rascunho que ElA utilizava para a lista das compras e escreveu a pior frase que ElA leu em toda a sua vida. Nem o português estava correcto!
Quando chegou a casa, largou o trabalho numa cadeira da cozinha e descalçou os sapatos, dava-lhe PraZer caminhar descalça pelo tapete felpudo do corredor, tinha dias em que tudo o que desejava fazer era deitar-se nua naquele tapete e sentir ser tocada por algo que a não magoasse.
Queria somente ser tocada, ser sentida…
Encostou-se à parede enquanto entrelaçava os dedos do pé naquele macio que a confortava.
A casa estava silenciosa, demais. Nos filmes nunca é bom e depressa descobriu que na sua vida real também não era.
Encontrou o bilhete que ElE deixou. Leu-o e sentiu-se vazia. Não chorou, não verteu uma lágrima, não pensou nElE.
Uns meses mais taRDe, num sábado à tarde, no fim de um longo banho, enquanto atravessava o corredor em toalha sentiu o convite do tapete e não recusou.
Deixou cair a toalha e viu o seu corpo despido no espelho que a olhava sem pudor.
Deitou-se no conforto daquele ser de fios.
Foi então que sentiu uma láGRima descobrir a sua face e abrigar-se no único ser que lhe dava calor.
Lembrou-se dElE e do seu bilhete. Vezes sem conta a frase que ElE lhe deixara vagueou a mente dela e adormeceu-a.
Quando acordou foi buscar uma folha à sua gaveta, daquelas que tanto gostava e escreveu um desabafo... depois deitou fora o tapete, sentiu saudades do toque humano.
ElE abriu a porta da sua nova casa e uma nova eLa entregou-lhe o correio. Reparou na letra e reconheceu-a, era dElA.
Será que ElA quer falar comigo, que ainda me sente, questionou-se.
Com alguma ansiedade abriu a carta e encontrou a sua resposta…
…
Consciência é o que nos alerta se podemos ou não continuar a viver, não com as decisões que tomamos, mas sim com o resultado delas; sobrevive com a tua pois eu estou em paz com a minha.
imagem retirada da internet
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